Composto e publicado por Jean Louis Mondon
Original em francês
22 de Julho de 2010
Para Ester minha querida irmã
A porta da gaiola se abre e fecha lentamente,
Hesitante, como num balé fora de compasso,
O pássaro contempla seu destino:
Ficar prisioneiro ali dentro
Ou arriscar tudo lá fora.
O gato negro, à espreita, faz-se de morto,
Esperando pacientemente ouvir um movimento,
Um leve bater de asas que indique
O esperado horror de um tropeço.
A liberdade está tão perto… basta ser prudente,
Passar despercebido até o momento oportuno,
Enquanto o gato sonha, satisfeito com sua malícia,
O pavor acorrenta sua presa,
Ela treme, na espera de um socorro
Milagroso que venha libertá-la.
De repente, o pássaro recobra a coragem,
Lembrando-se de que é abençoado por Deus,
Mais do que pela beleza de suas plumas,
Então começa a entoar um canto melodioso,
De louvor ao seu Criador e Protetor,
E, numa revoada de notas,
Reconquista sua liberdade.
O inimigo, surpreso, foge assustado
Com esse grito poderoso de alegria,
O pássaro armado
De uma fé invencível,
Que desfaz o temor
Vê seu coração se encher
De uma paz indizível.
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