Sinto falta de você
Como o poeta da musa dele
Como o croissant
Do café com leite
Numa manha de deleite
Como o tutti do frutti,
Ai, não! Isso seria o cúmulo!
Sinto falta de você
Como uma floresta sem árvore
Ou um palácio sem mármore
Lábios sem beijos
E como, infelizmente
Meus braços cansados
De não abraçar-te.
Sinto falta de você
Como um trem sem estação,
Como um adeus, sem razão,
Sem lenço, nem lágrimas
Para molha-lo.
Como uma nostalgia
Sem objeto, nem sujeito.
Sinto saudade de você
Como um zéfiro tranquilo
Num redemoinho rugindo.
Como uma surdina
Na trombeta
Anunciando a calma.
Sinto saudade de você
Como uma tempestade de neve
Sem flocos de aveia
Na mesa decorada
Pelo café da manhã
Com um vaso de amor-perfeitos
Ocupados a bater papo
Com monólogos vazios
Sem eco para partilhar
Os sonhos vindouros.
Sinto saudade de você
Sem medo de ambivalência
Sem temor da emoção
Nem necessidade de aprender
Cada um a se compreender
Sem como, nem porquê.
Sinto saudade de você
Ao amanhecer do caminho
Do regresso vencedor
Que marca o destino
De todo grande amor.
Jean-Louis.
Enfim as comportas se abrem!!
ReplyDeleteE que jorrem muitas e muitas águas de poemas feitos e a serem feitos!
Passagens fabulosas como o Gran Finale:
"Sento falta de você
Al amanhecer do caminho
Do regresso vencedor
Que marca o destino
De todo grande amor."
Extraordinaire!
Ester, maintenant, il va falloir que je me restraigne :) Vc e a sutileza mesma :)) Obrigado!
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