A Cortina Inevitavél
Reeditado por Jean-Louis Mondon
Versão original em Francês de 2010
A Cortina Inevitável
In Memoriam. Por Lucy amiga de minha esposa Mírian.
Composto e postado por Jean-Louis.
Os
sonhos de juventude germinam
Em
casulos de fios de seda
Pacientemente
tecidos
Por
anos intermináveis
Asas
de borboletas sobrecarregadas
Por
nuvens chorosas
Encontram
sua moradia final
Entre
flores desbotadas
Colhidas
no caminho
Memórias juntadas
Numas
caixinhas de música
Abrem
mão dos laços fugazes
Para
despertar ainda mais uma vez
As
vozes queridas do passado
E
o ritmo da dança
Marca
os passos mais devagar
Antes
de desvanecer-se discretamente
Atrás
da cortina inevitável do palco
Quando
a caixinha fechar-se
E acaba o tempo de chorar
As notas se alegram novamente
Nas prateleiras de nossos pensamentos
Nas prateleiras de nossos pensamentos
Tus ojos vieron mi cuerpo en gestación:
todo estaba ya escrito en tu libro;
todos mis días se estaban diseñando,
todos mis días se estaban diseñando,
aunque no existía uno solo de ellos. Salmo 139:16
Pois,“toda a humanidade
é como a relva,
e toda a sua glória,
e toda a sua glória,
como a flor da relva;
a relva murcha e cai a sua flor,
a relva murcha e cai a sua flor,
mas a palavra do Senhor
permanece para sempre”.
Essa é a palavra que lhes foi anunciada. I Pedro 1:24,25
Comentarios previos:
Mírian Mondon said...
Meu coração está meio amortecido com duas mortes tão proximas. E dessa vez não encotrei poesia em lugar nenhum de mim. Apenas torpor.
Voce entrentanto encontrou palavras mais belas que eu jamais encontraria nesse momento. Foi voce quem chorou as lágrimas que ficaram paradas em alguma lugar do meu coraçao.
merci mon amour
Caro Jean-Louis
Há uma beleza na tristeza que só os poetas de alma elevada conseguem ver...
Seu poema é uma canção maravilhosa que me faz suspirar de emoção,
não sabia da morte da Lucy,
eu tive o privilégio de conhecê-la e usufruir um pouco de uma companhia extremamente agradável, ela soube ser luz e cumpriu sua missão aqui na terra.
Obrigada por nos presentear com este poema-pérola que se ajusta perfeitamente nesse vazio que ficou sem essa amiga...
Abraços.